segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Nada como estudar

Pensai no seguinte: a razão, meus senhores, é coisa boa,
não há dúvida, mas a razão é só razão, e satisfaz apenas a
capacidade racional do homem, enquanto o ato de querer
constitui a manifestação de toda a vida, isto é, de toda a vida
humana, com a razão e com todo o coçar-se. E embora a
nossa vida, nessa manifestação, resulte muitas vezes de algo
ignóbil, é sempre a vida, e não a extração da raiz quadrada.
Eu, por exemplo: quero viver, muito naturalmente, para
satisfazer toda a minha capacidade vital e não apenas a
minha capacidade racional, isto é, algo como a vigésima
parte da minha capacidade de viver. (DOSTOIÉVSKI,
1864/2000, p. 41)

Fonte: Artigo - Pesquisa-intervenção e cartografia: melindres e meandros metodológicos. Autoras: Simone Mainieri Paulon e Roberta Carvalho Romagnoli

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